segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

57 Grandes Mitos Que a Super Desmente (Edição Especial Dezembro 2009)


Revista Super Interessante e uma matéria super interessante, mais ainda fico encanado com algumas coisas que eu li, prefiro não aceitar isso.



São 57 mitos que instigam a galera, mais tem muita coisa que é inútil e pra quem não achar eu vou deixar o link pra baixar a revista em PDF pra curtir o resto da revista.
Só peguei a parte da pág44 relacionada com a nossa querida amiga. 


Maconha é a porta de entrada para drogas mais pesadas.

"Quem hoje fuma maconha amanhã estará cheirando cocaína". Essa afirmação é comum tanto em programas de TV e debates políticos quanto em salas de espera e mesas de botequim. Trata-se de um dos mitos mais populares do mundo, que acabou virando "verdade" de tanto ser repetido. Não colabore com a sua perpetuação. A verdade é que a maioria dos usuários de maconha nunca experimentou e nem vai experimentar outra droga ilícita.
 O que leva à conclusão equivocada de que um simples baseado abre o caminho mais curto para outras drogas é a hierarquia natural da experimentação. Raramente alguém usa cocaína pela primeira vez sem jamais ter provado alguma bebida alcoólica ou um cigarro comum de tabaco. No entanto, álcool e nicotina nunca foram tachados de "porta de entrada" para substâncias mais pesadas. Se você pensar bem, faz sentido que a primeira droga ilícita usada por uma pessoa seja a maconha, pois ela é a mais barata e disponível. Mas pode acreditar: não existe nada num baseado que estimule o usuário a procurar drogas mais fortes em seguida.
 "Estudos indicam que mais da metade dos consumidores de maconha não usa outras drogas e faz uso apenas esporádico da erva", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Atenção a Dependentes Químicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A maioria consome a droga só de vez em quando, e 90% acabam por abandoná-la um dia."

Legalizar ou Não ?

A legalização da maconha na Holanda, há mais de 30 anos, também produziu resultados que depõem contra a tese da "porta da entrada". Ao transferir a venda da erva para estabelecimentos conhecidos e fiscalizados (os coffee shops), o governo holandês afastou o consumidor dos traficantes - esses sim, são os grandes incentivadores do consumo de outras drogas, como cocaína e heroína, cujo comércio é bem mais rentável. Resultado: o número de jovens usuários de maconha continuou o mesmo de sempre, mas o de drogas pesadas diminuiu - prova de que a Cannabis não necessariamente leva a outros entorpecentes.
 Segundo a dupla de pesquisadores americanos Robert MacCoun e Peter Reuter, autores do livro Drug War Heresies ("Heresias da Guerra Contra as Drogas"), a Holanda hoje é um dos 10 países europeus com menor número de usuários de heroína. Um alívio, pelo menos para quem frequentou o topo da lista nos anos 70.


Maconha causa danos irreversíveis á memória.

 Perder a hora para um compromisso recentemente agendado, esquecer o nome do filme que acabou de ser visto... Lapsos desse tipo são comuns entre usuários de maconha. Eles acontecem porque a droga bloqueia a memória de curto prazo - aquela de pequena duração, necessária num determinado instante, mas da qual nos desfazemos logo em seguida. Exemplo: quando alguém nos informa o número de um telefone que não conhecemos, quase sempre precisamos anotá-lo imediatamente. Se tivermos de procurar papel e caneta, corremos o risco de esquecê-lo, por menor que seja o tempo decorrido. Isso é  memória de curto prazo. Mas bloquear não significa provocar danos irreversíveis! Várias pesquisas já provaram que o impacto da droga sobre a memória recente é passageiro. - ele ocorre apenas enquanto o sujeito permanece sob o efeito da erva. Assim que os baseados são deixados de lado, tudo volta a funcionar normalmente. "Se alguém usar maconha num dia e medir os níveis de memória e concentração no outro, eles estarão apenas ligeiramente alterados", afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, cordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).
 De acordo com o psicofarmacologista Elisaldo Carlini, também da Unifesp, quem vive chapado o tempo todo acaba não consolidando a memória de longo prazo, uma vez que ela se solidifica pela repetição do que é registrado na memória de curto prazo. "Trata-se, porém, de um efeito transitório que desaparece quando a pessoa se afasta da droga".




Maconha não vicia.

 Muita gente acredita que maconha é uma droga leve, incapaz de criar dependência. Ou que, no máximo, a dependência é psicológica - muito mais fácil, portanto, de ser revertida. Mentira! A maconha vicia, sim. E o dependente, fazendo uso sistemático dessa droga, pode detonar sua saúde tanto quanto o viciado em álcool ou cocaína. Os problemas mais comuns vão de comprometimento temporário da memória recente a câncer no aparelho respiratório, passando por bronquite e até crises psicóticas.
 Pode ser que esse mito tenha origem no fato - ja comprovado cientificamente - de que a maconha faz dependentes em número bem maior do que o de outras drogas. De acordo com o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Atenção a Dependentes Químicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), algo entre 6 e 10% dos usuários que experimentaram a erva pela primeira vez acabam ficando viciados. Isso é menos que a metade do índice verificado no álcool e no tabaco. E menos que um décimo da taxa estimada para a heroína, que chega aos 90%.

Largar quando quiser.

Para o psiquiatra da Unifesp, a dependência de maconha não está tão relacionada às propriedades psicoativas da erva e sua potencial capacidade de viciar, mas principalmente às características do consumidor. Segundo Xavier, o típico candidato a dependente é um sujeito jovem, quase sempre ansioso e eventualmente depressivo. "São pessoas que podem se viciar tanto em maconha quando em sexo, jogo ou internet".
Enquanto os usuários de maconha afirmam que conseguirão largar a droga quando bem entenderem, os especialistas concluem que se libertar do vício não é tão simples assim. O pediatra Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica da USP, propõe aos dependentes que procuram seu consultório o seguinte desafio: 90 dias sem fumar um único baseado e exame de urina a cada 15 dias para comprovar que a erva não foi consumida. "Nunca houve um que apresentasse resultado negativo", afirma Wong. "É claro que depois de certa idade alguns trocam a maconha por outros interesses. Mas alguns, infelizmente substituem-na por drogas mais pesadas".


Segurar a fumaça no pulmão aumenta o efeito da droga.

A maioria dos usuários de maconha aprendeu, quando fumou seus primeiros baseados, que segurar a fumaça nos pulmões potencializa o efeito da droga. Quanto mais tempo o sujeito prendesse a respiração, mais doido ele ficaria. Que asneira! Isso potencializa alguma coisa, sim: o mal provocado à saúde. E só.
"Estudos indicam que 95% do THC (princípio ativo da Cannabis) é absorvido nos primeiros segundos da inalação", afirmam as pesquisadoras Annie Bleecker e Annie Malcom, autoras do livro Health Information for People Who Use Cannabis ("Informações de Saúde para Pessoas que Usam Cannabis"). "Portanto, segurar a fumaça por mais tempo só vai aumentar a exposição dos pulmões aos gases tóxicos, nada além disso". Em 2007, cientistas do programa de controle do tabaco nos EUA analisaram em laboratório a fumaça da maconha e encontraram nela uma quantidade de amônia equivalente a 20 cigarros convencionais. Os níveis de cianeto de hidrogênio e óxido nítrico verificados também eram elevados - concentrações de 3 a 5 vezes maiores que a presente no tabaco. Todas essas substâncias, obviamente, são nocivas à saúde e atacam ainda mais os pulmões quando o usuário segura a fumaça. "É ruim para todo o sistema cardiovascular", diz o médico Ciro Kirchenchtein professor de pneumologia da Unifesp, "Os alvéolos pulmonares são especialmente lesados. Isso vai dificultando cada vez mais a absorção de oxigênio para o organsmo."
Outro estudo, dessa vez feiro na Nova Zelândia em 2008, reforça o perigo representado por longas e profundas tragadas num cigarro de maconha. De acordo com os cientistas, esse hábito facilita o depósito de substâncias cancerígenas nas vias aéreas. E mais: "Quem fuma a droga desse jeito termina com 5 vezes mais monóxido de carbono na corrente sanguínea que os tabagistas", afirma Richard Beasley, um dos coordenadores do estudo.

"...é bacana saber que tem louco pra estudar nossas curiosidades e é nítido que tanto os redatores das matérias quanto os cientitas quanto o redator do blog e seus leitores fumam um e não curtiram o último né ? "



Boa noite de começo de chuva !

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