Uma das organizações não-governamentais (ONGs) americanas mais atuantes em defesa da descriminação da maconha, a Norml, chega ao Brasil nas próximas semanas. Com sede no Rio de Janeiro, a ONG tentará formar grupos para lutar no Congresso pela liberação da droga.
"Nossas ações serão, basicamente, acompanhar o noticiário sobre maconha no País, organizar eventos e protestos, além de pressionar os legisladores para aprovar a descriminação da maconha. Nosso objetivo é combater a proibição da maconha para adultos", disse um dos gerentes da Norml, Ross Belvilly, de 42 anos. "Esperamos formalizar o contato em outras cidades para levar nossa mensagem."
Com sede na Califórnia, a Norml brasileira adaptará o discurso original. No lugar de propostas mais voltadas para o uso medicinal da droga, no Brasil, o discurso privilegiará a relação entre a venda ilegal e a violência.
"Queremos mostrar que a violência e os crimes relacionados com a maconha são decorrentes da proibição e não por causa da droga em si. O que você proíbe, você entrega aos bandidos. E criminosos fazem coisas de criminosos. Se você legalizar a maconha, verá que as pessoas que usam vão resolver os seus problemas no tribunal, como as pessoas que usam álcool ou tabaco resolvem", disse Belvilly.
"Sei que o Brasil é um país muito religioso. Aqueles que cresceram na Igreja podem achar que maconha é coisa do mal. Os brasileiros têm de entender que a maconha é uma planta de Deus. O problema foi o jeito que se usou para controlá-la." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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